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É #FAKE publicação que diz que Eliana recomendou plataforma de investimento


O anúncio falso repete um típico golpe que circula nas redes sociais. O Fato ou Fake já desmentiu conteúdos parecidos, envolvendo outras personalidades. É #FAKE publicação que diz que Eliana recomendou plataforma de investimento Reprodução Circula nas redes sociais anúncios que imitam a aparência de sites de notícia com o título "Por que as palavras de Eliana colocam em risco a segurança financeira de todo o Brasil?". As publicações alegam que durante o programa "Que História é Essa, Porchat?" Eliana recomendou uma plataforma de investimentos em criptomoedas. É #FAKE. g1 O que diz a publicação falsa: A publicação aparece como conteúdo patrocinado nas redes sociais e exibe imagem que imita a aparência de portais de notícia. O título diz: "Por que as palavras de Eliana colocam em risco a segurança financeira de todo o Brasil? Por causa do que disse, pedem que ela seja destituída de sua cidadania e deportada do país." Um imagem mostra Eliana vestida de vermelho em uma entrevista. Em seguida, uma página que exibe assinatura do Jornal Nacional alega que durante o programa "Que História é Essa, Porchat?" Eliana recomendou uma plataforma de investimentos em criptomoedas. Por que a publicação é mentirosa Procurada pelo Fato ou Fake, a assessoria da Globo afirma que o conteúdo é falso Uma pesquisa em motores de busca pelo título mencionado na publicação falsa revela que não existe nenhuma reportagem publicada em site de notícia confiável com esse título e conteúdo. Comuns em mensagens falsas, erros gramaticais e de padrão presentes no título denunciam a fraude. O endereço do site que aparece na publicação "[nnrdoh.com]" é diferente do endereço dos sites de notícia a que ele atribui a publicação. O Jornal Nacional não publicou conteúdo com o teor mencionado na mensagem falsa. Eliana deu entrevista ao programa "Que História é Essa, Porchat?", mas em nenhum momento recomendou plataforma de investimento. A imagem dela foi extraída do programa e usada de forma indevida na publicação falsa. O conteúdo é patrocinado. Isso indica que quem publicou pagou para espalhar esse conteúdo e isso é uma prática comum em golpes. O texto é sensacionalista e recorre a expressões como "um final trágico" e "o Brasil inteiro está em choque", usada para gerar pânico e curiosidade, sem apresentar o motivo. O anúncio falso repete um típico golpe que circula nas redes sociais. O Fato ou Fake já desmentiu conteúdos parecidos, envolvendo outras personalidades. Veja alguns exemplos: É #FAKE página que imita a globo.com e diz que Luiza Trajano recomenda plataforma de criptomoedas; trata-se de golpe É #FAKE que Fernando Haddad ensinou como ganhar dinheiro com plataforma de criptomoedas É #FAKE que o Itaú Unibanco processou Ronaldo por fala sobre criptomoedas na TV É #FAKE que acionista da Globo fez recomendação de investimento Veja também: É #FAKE anúncio sobre inscrições para concurso do INSS É #FAKE anúncio sobre inscrições para concurso do INSS VÍDEOS: Fato ou Fake explica VEJA outras checagens feitas pela equipe do FATO ou FAKE Adicione nosso número de WhatsApp +55 (21) 97305-9827 (após adicionar o número, mande uma saudação para ser inscrito)

Colômbia adere ao banco dos Brics em meio a tensões com os EUA


Inicialmente, o país sul-americano considera fazer parte apenas do banco— e não do bloco econômico —, devido à sua posição de neutralidade em relação à guerra da Rússia contra a Ucrânia. O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, assiste à abertura de uma nova sessão legislativa do Congresso da Colômbia em 20 de julho de 2023 Vannessa Jimenez/REUTERS A Colômbia foi aceita como membro do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), conhecido como banco dos Brics, em um movimento de aproximação do país com economias emergentes, diante do cenário de tensões com os Estados Unidos. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (19) pela ministra das Relações Exteriores, Laura Sarabia. O presidente colombiano, Gustavo Petro, solicitou em maio sua adesão parcial ao bloco multilateral formado por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul e outros países. Sarabia informou na rede X que o pedido havia sido aceito e comemorou o fato de ser uma notícia que "amplia" o "horizonte" da Colômbia. No momento, o país sul-americano considera fazer parte apenas do banco — e não do bloco econômico —, devido à sua posição de neutralidade em relação à guerra da Rússia contra a Ucrânia. Ao ingressar na instituição financeira, a Colômbia passa a ter acesso a recursos e empréstimos para projetos nacionais sem ser membro ou ter direito a voto nas cúpulas do bloco. Petro acredita que seu país deve se abrir para o mundo e reduzir sua dependência dos EUA, seu principal parceiro, diante da guerra comercial travada por Donald Trump, com quem entrou em conflito devido às políticas tarifárias e de deportação de migrantes. O presidente colombiano viajou para Pequim em maio e assinou a entrada da Colômbia nas Novas Rotas da Seda, o megaprojeto da China para expandir sua influência no mundo. Ao solicitar a adesão, o governo da Colômbia disse que estava disposto a comprar US$ 512,5 milhões (R$ 2,8 bilhões na cotação atual) em ações do banco dos Brics. A organização multilateral que reúne algumas das principais economias emergentes se estabeleceu como um contrapeso ao grupo G7, que detém grande parte da riqueza mundial, nos últimos anos. Moody's rebaixa perspectiva de nota de crédito do Brasil diante de situação fiscal

Canadá 'ajustará' tarifas sobre aço e alumínio dos EUA caso não haja novo acordo comercial, diz premiê


Ao indicar aumento nas taxas, Mark Carney afirmou que a medida será adotada em 21 de julho, caso os países não alcancem um novo acordo bilateral nos próximos 30 dias. Donald Trump e Mark Carney durante encontro da cúpula do G7, no Canadá, em 16 de junho de 2025. Reuters O primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, afirmou nesta quinta-feira (19) que o país deverá "ajustar" suas tarifas de retaliação de 25% sobre produtos de aço e alumínio importados dos Estados Unidos. A medida, segundo ele, será adotada no dia 21 de julho, caso um novo acordo comercial bilateral não seja alcançado nos próximos 30 dias. "O Canadá ajustará suas tarifas de retaliação existentes sobre os produtos de aço e alumínio dos Estados Unidos em 21 de julho, ao término desse período de 30 dias", declarou Carney em entrevista coletiva em Ottawa. Apesar de indicar a alta nas taxas, ele não detalhou a mudança. No mesmo dia, Carney também anunciou uma série de medidas para apoiar as indústrias canadenses de aço e alumínio, que enfrentam tarifas alfandegárias de 50% impostas pelos EUA. Entre elas, serão aplicadas regras de aquisição que favoreçam fornecedores nacionais, além de medidas antidumping — ou seja, restrições a produtos importados que eventualmente são vendidos abaixo do preço considerado justo. Empresários brasileiros refazem cálculos após Trump dobrar tarifas de aço e alumínio O Canadá é o principal exportador de aço e alumínio para os EUA. No início de junho, Carney classificou como "ilegal" e "injustificada" a decisão do presidente Donald Trump de dobrar para 50% as tarifas sobre os metais canadenses. Em paralelo, Canadá e EUA iniciaram "discussões intensas" para reformular as relações comerciais bilaterais. Durante a cúpula anual do G7 — o clube das grandes democracias industrializadas — realizada entre domingo (15) e terça-feira (17), no Canadá, os líderes pressionaram Trump a recuar em sua guerra comercial. Após um encontro entre Carney e Trump durante a cúpula, o governo canadense informou que as duas partes poderiam chegar a um acordo comercial nos próximos 30 dias. As negociações seguem em andamento. Segundo Carney, um resultado positivo seria "estabilizar as relações comerciais com os EUA" e "facilitar o acesso das empresas canadenses ao mercado americano". Em 2024, o Canadá exportou 5,95 milhões de toneladas de aço e 3,15 milhões de toneladas de alumínio para os norte-americanos, segundo dados oficiais.

Síria conclui primeira transferência global via SWIFT desde a guerra, afirma governador


Pedestres atravessam rua diante de um pôster do presidente da Síria, Bashar al-Assad, em Damasco Omar Sanadiki/Reuters A Síria realizou sua primeira transação bancária internacional via sistema SWIFT desde o início de sua guerra civil de 14 anos, informou o presidente do banco central nesta quinta-feira, um marco na iniciativa do país de se reintegrar ao sistema financeiro global. O presidente do banco central, Abdelkader Husriyeh, disse à Reuters em Damasco que uma transação comercial direta foi realizada de um banco sírio para um banco italiano no domingo e que as transações com bancos americanos poderiam começar dentro de algumas semanas. "A porta agora está aberta para mais transações desse tipo", disse ele. Os bancos sírios ficaram praticamente isolados do mundo durante a guerra civil, depois que a repressão de Bashar al-Assad aos protestos antigovernamentais em 2011 levou os países ocidentais a impor sanções, inclusive ao banco central sírio. Assad foi deposto da presidência em uma ofensiva relâmpago por rebeldes liderados por islâmicos no ano passado, e desde então a Síria vem tomando medidas para restabelecer os laços internacionais, culminando em uma reunião em maio entre o presidente interino Ahmed al-Sharaa e o presidente dos EUA, Donald Trump, em Riad. Os EUA então flexibilizaram significativamente suas sanções e alguns no Congresso estão pressionando por sua revogação total. A Europa anunciou o fim de seu regime de sanções econômicas. A Síria precisa fazer transferências com instituições financeiras ocidentais para trazer grandes somas para a reconstrução e impulsionar uma economia devastada pela guerra, que deixou nove em cada dez pessoas pobres, segundo as Nações Unidas. Husriyeh presidiu uma reunião virtual de alto nível na quarta-feira, reunindo bancos sírios, vários bancos americanos e autoridades americanas, incluindo o enviado de Washington para a Síria, Thomas Barrack. O objetivo da reunião era acelerar a reconexão do sistema bancário sírio ao sistema financeiro global, e Husriyeh estendeu um convite formal aos bancos americanos para restabelecerem os laços de correspondente bancário. "Temos dois objetivos claros: fazer com que os bancos americanos estabeleçam escritórios de representação na Síria e retomar as transações entre bancos sírios e americanos. Acredito que isso pode acontecer em questão de semanas", disse Husriyeh à Reuters. Entre os bancos convidados para a conferência de quarta-feira estavam JP Morgan, Morgan Stanley e Citibank, embora não tenha ficado imediatamente claro quem compareceu.

Selic a 15%: o que muda no seu bolso e como ficam poupança, CDB e Tesouro


Taxa básica de juros atinge o maior patamar em quase 20 anos; objetivo do Banco Central é controlar a inflação, mas a medida afeta diretamente investimentos e o crédito no país. Dinheiro, real, notas de R$ 50, contagem de cédulas Marcello Casal Jr./Agência Brasil O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou na quarta-feira (18) a taxa Selic para 15% ao ano. A decisão unânime confirma a sinalização de uma política monetária mais dura e duradoura, com juros elevados por um “tempo suficientemente prolongado”, segundo o BC. 🔎 A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira, usada como referência para todas as demais taxas — desde financiamentos e empréstimos até os rendimentos de aplicações financeiras. Quando a Selic sobe, os empréstimos e créditos ficam mais caros, o que desestimula o consumo e o investimento das empresas. Com menos dinheiro circulando, a tendência é de que os preços — inclusive de alimentos, combustíveis e serviços — subam menos, ajudando no controle da inflação. Ou seja, a Selic influencia tanto o retorno de quem investe quanto o custo de vida de quem consome. Um aumento como o atual impacta diretamente o bolso dos brasileiros — seja no supermercado, no financiamento do carro, ou na rentabilidade da poupança. Veja abaixo como essa nova alta impacta seu bolso. Poupança ainda perde para outros investimentos Hábitos de poupança podem ser estimulados durante a infância. Getty Images via BBC Com a Selic a 15%, a regra de rendimento da poupança não muda: ela segue pagando 0,5% ao mês + Taxa Referencial (TR) sempre que a Selic estiver acima de 8,5% ao ano — como é o caso. Na prática, isso significa um rendimento anual de aproximadamente 8,17% ao ano, muito abaixo da inflação projetada e de outros investimentos. Mesmo com a taxa de juros nas alturas, a caderneta continua sendo uma opção menos vantajosa em termos de rentabilidade. Ela só se destaca pela liquidez imediata e isenção de Imposto de Renda, o que pode ser atrativo para quem busca facilidade e segurança, não retorno alto. CDB mais atrativo Por que deixar dinheiro na poupança não vale mais a pena? Foto/Sicoob Com a alta da Selic, os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) se tornam mais atrativos. Isso porque muitos deles são atrelados ao CDI — taxa que acompanha de perto a Selic. Em um cenário de juros a 15%, CDBs que pagam 100% do CDI podem render até 12,70% ao ano. Vale lembrar que existem CDBs de liquidez diária — bons para reserva de emergência — e outros com vencimentos mais longos, que exigem que o dinheiro fique aplicado até a data final. É importante comparar as taxas oferecidas por diferentes bancos antes de investir. Tesouro Direto: segurança com retorno acima da inflação O Tesouro Direto também ganha destaque com a Selic em alta, especialmente os títulos Tesouro Selic e Tesouro IPCA+. O primeiro acompanha a taxa básica de juros e é indicado para quem busca baixo risco e liquidez, ideal inclusive para reserva de emergência. Com a Selic a 15%, ele rende próximo disso ao ano, com desconto de IR conforme o prazo. Já o Tesouro IPCA+ garante rentabilidade real acima da inflação, com vencimentos variados. Com o cenário de juros elevados, esses papéis têm oferecido taxas acima de IPCA + 6%, o que representa retorno expressivo, especialmente para objetivos de médio e longo prazo, como aposentadoria ou educação dos filhos. Além da rentabilidade, os títulos do Tesouro têm o diferencial da segurança: são garantidos pelo governo federal, com risco muito baixo. Para quem está preocupado com instabilidades econômicas, trata-se de uma alternativa sólida para proteger o patrimônio. Banco Central do Brasil sobe selic para 15% ao ano

Atividade econômica, gastos em alta, guerra tarifária e tensões no Oriente Médio: veja por que o BC subiu juro e impacto nas aplicações


De acordo com economistas, o novo aumento da taxa de juros básica da economia brasileira favorece as aplicações em renda fixa. O dólar, por sua vez, pode mostrar queda pontual. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central surpreendeu a maior parte do mercado financeiro nesta quarta-feira (18) ao subir a taxa básica de juros da economia de 14,75% para 15% ao ano. Esse é o maior patamar em 20 anos. A instituição indicou, ainda, que o juro seguirá alto por um "período bastante prolongado" de tempo. A aposta da maior parcela dos analistas era de que o BC fosse interromper o ciclo de alta da Selic, que vem desde setembro do ano passado, mas a instituição optou por elevar a taxa pela sexta vez seguida. Com a decisão, o chamado juro real brasileiro, isto é, aquele que desconta a inflação prevista para os próximos doze meses (usado na comparação internacional) subiu e ficou em segundo lugar no ranking mundial, calculado pelo MoneYou. O BC adotou uma postura conservadora para tentar atingir a meta de inflação — que é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo (podendo oscilar entre 1,5% e 4,5%). Ao fixar o juro, o BC olha para as projeções de inflação para os próximos 18 meses. O que diz o Copom Sede do Banco Central em Brasília REUTERS/Adriano Machado De acordo com a instituição, a decisão do BC é reflexo da atividade econômica ainda aquecida, embora mostre desaceleração, motivada entre outros fatores pela alta dos gastos públicos. Também é consequência da guerra tarifária do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, além do conflito no Oriente Médio — que pressiona o preço do petróleo para cima e pode afetar a inflação brasileira. 🔎Veja os recados do BC abaixo: "Em relação ao cenário doméstico, o conjunto dos indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho ainda tem apresentado algum dinamismo, mas observa-se certa moderação no crescimento. Nas divulgações mais recentes, a inflação cheia e as medidas subjacentes mantiveram-se acima da meta para a inflação", diz o Banco Central. "O Comitê segue acompanhando com atenção como os desenvolvimentos da política fiscal [para as contas públicas] impactam a política monetária e os ativos financeiros. O cenário segue sendo marcado por expectativas desancoradas, projeções de inflação elevadas, resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho", acrescenta a instituição. "O ambiente externo mantém-se adverso e particularmente incerto em função da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos, principalmente acerca de suas políticas comercial e fiscal e de seus respectivos efeitos. Além disso, o comportamento e a volatilidade de diferentes classes de ativos também têm sido afetados, com reflexos nas condições financeiras globais. Tal cenário segue exigindo cautela por parte de países emergentes em ambiente de acirramento da tensão geopolítica", diz o Banco Central. Opinião de economistas Copom decidiu elevar a taxa de juros para 15% ao ano Carlos Braga Monteiro, CEO do Grupo Studio, citou a persistência inflacionária e a instabilidade externa como fatores para alta dos juros. “A elevação da Selic para 15% ao ano pelo Copom sinaliza uma resposta firme ao quadro de inflação resiliente e instabilidade externa, especialmente diante das pressões vindas do câmbio e dos preços de combustíveis. A decisão, embora mais agressiva do que parte do mercado projetava, busca preservar a credibilidade da política monetária [de juros] e ancorar as expectativas inflacionárias em meio a um ambiente global mais volátil", avaliou Carlos Braga, o Grupo Studio. Rafaela Vitoria, economista-chefe do banco Inter, citou as preocupações do Banco Central sobre os gastos públicos em alta, e seu impacto na economia. O BC tem citado a necessidade de desacelerar a economia para ter uma política de juros menos agressiva. "O Copom menciona os sinais de moderação do crescimento da economia por um lado, mas também ressalta as incertezas na condução da política fiscal [alta de despesas], com pressões no mercado de trabalho e projeções de inflação ainda elevadas", afirmou Rafaela Vitoria, do banco Inter. Fabricio Echeverria, fundador e CEO da Oby Capital, falou sobre o peso do cenário externo na decisão do Copom. "O cenário externo também contribuiu para a decisão, com o Copom apontando elevada incerteza global decorrente da política fiscal e comercial dos Estados Unidos, choques sobre o comércio internacional e tensões geopolíticas. Esses fatores têm gerado volatilidade nos preços de ativos e afetado as condições financeiras globais, especialmente em países emergentes", acrescentou Fabricio Echeverria, fundador e CEO da Oby Capital. Aplicações financeiras De acordo com economistas, o novo aumento do juro básico da economia favorece as aplicações em renda fixa, na comparação com o mercado acionário. O dólar, por sua vez, pode mostrar queda pontual. "O aumento tende a gerar um ajuste imediato na curva de juros, com alongamento das taxas longas, e pode provocar uma valorização pontual do real frente ao dólar, dependendo da comunicação do Banco Central. Para os próximos meses, o foco do mercado será monitorar os desdobramentos das contas públicas e o impacto desse movimento nas expectativas de inflação, que ainda seguem desancoradas”, Sidney Lima, Analista CNPI da Ouro Preto Investimentos. Com a decisão do BC, segundo Paulo Henrique Oliveira, analista de investimentos de renda fixa da Daycoval Corretora, a renda fixa continua trazendo boas oportunidades. "CDBs de bancos sólidos, com liquidez diária e rendimento a partir de 100% do CDI, além do tesouro Selic, seguem rendendo mais de 1% ao mês. Essas são alternativas eficientes para a alocação da reserva de emergência ou para os recursos com uso no curto prazo. Já para prazos intermediários, os títulos públicos pré-fixados ainda oferecem taxas bastante elevadas. Pode ser um bom momento para garantir a rentabilidade atrativa, logo na entrada de investimento", avaliou Paulo Henrique Oliveira, da Daycoval Corretora. "E, pensando no longo prazo, o Tesouro IPCA mais segue competitivo, com retorno real acima de 7% ao ano junto com proteção contra a inflação. Em resumo, o cenário segue favorável para quem busca previsibilidade de longo prazo, solidez e bons retornos na renda fixa", acrescentou o analista da Daycoval. Ricardo Serone, Diretor Financeiro e de Investimentos da BB Previdência, também mencionou o bom retorno das aplicações em renda fixa. "A partir da próxima ata do Copom será possível ter uma direção mais clara dos próximos passos e como poderão influenciar em mudanças nas alocações dos ativos. De qualquer maneira, as carteiras dos planos estão bem posicionadas para se beneficiar das taxas de curto prazo e principalmente de longo prazo, com a aquisição de títulos de vários vencimentos e taxas acima de 7% ao ano de ganho real", disse Ricardo Serone, da BB Previdência.

Golpe do Labubu: criminosos se passam por vendedores para roubar dados de consumidores


Golpistas fazem ofertas falsas para coletar informações financeiras sigilosas de compradores. Veja como se proteger. Labubu: o que é boneco que virou febre mundial A febre dos monstrinhos dentuços de pelúcia da marca chinesa Pop Mart já começou a ser explorada por criminosos para aplicar golpes. Segundo a Kaspersky, empresa internacional de segurança digital, surgiram diversas plataformas falsas na internet que se apresentam como revendedoras oficiais do Labubu. Os golpistas atraem fãs do boneco com promoções enganosas para obter dados financeiros confidenciais. Esses sites falsos estão disponíveis em idiomas como português, espanhol, húngaro e francês, e imitam o visual de lojas confiáveis — inclusive o da própria Pop Mart. "Esses sites fraudulentos frequentemente oferecem descontos tentadores ou 'edições exclusivas' dos bonecos para induzir as vítimas a inserirem dados de cartões bancários ou outras informações pessoas", informou a Kaspersky em nota oficial. A Kaspersky citou como exemplo um site em português operado por golpistas. A loja alegava ser revendedora oficial do Labubu e oferecia produtos supostamente originais, importados do Japão, por apenas R$ 47,90, um valor muito abaixo do praticado oficialmente. Criado pelo artista e ilustrador Kasing Lung e vendido oficialmente pela Pop Mart, o Labubu ganhou popularidade principalmente a partir de 2023, quando foi lançado como chaveiro. Desde então, passou a ser comercializado em diversos países e já foi visto com celebridades como Rihanna, Kim Kardashian e integrantes do grupo Blackpink. O sucesso do boneco foi tão expressivo que a receita da Pop Mart mais que dobrou no último ano, alcançando 13,04 bilhões de yuans (US$ 1,81 bilhão, ou R$ 9,9 bilhões). Esse crescimento foi impulsionado principalmente pelas vendas de pelúcias, que aumentaram mais de 1.200% e passaram a representar quase 22% do faturamento total. A maioria dos bonecos vendidos pela Pop Mart custa entre US$ 20 e US$ 300 (aproximadamente R$ 110 a R$ 1.643), embora colaborações especiais ou edições limitadas possam alcançar valores significativamente mais altos. Como se proteger contra esses golpes? Fabio Assolini, diretor da equipe global de pesquisa da Kaspersky, alerta que os consumidores devem desconfiar de ofertas com preços muito abaixo do valor de mercado. "Gosto sempre de reiterar a expressão: 'quando a esmola é demais, o santo desconfia'. Vemos ofertas com descontos urgentes o tempo todo, que se aproveitam da ansiedade dos compradores para, neste caso, conseguir bonecos raros. Essas plataformas fraudulentas agora aparecem em vários idiomas, o que amplia seu alcance", afirma o executivo em nota oficial. Veja algumas dicas para se proteger: Prefira revendedores oficiais: compre apenas de lojas autorizadas e verificadas. Cheque o endereço do site: antes de finalizar a compra, verifique se a URL é legítima e livre de erros ou símbolos estranhos. Desconfie de promoções exageradas: preços muito baixos ou “edições exclusivas” em sites desconhecidos são sinais de alerta. Use proteção digital: mantenha um bom antivírus ou software de segurança para bloquear sites maliciosos. Nunca compartilhe dados sensíveis: evite inserir informações pessoais ou bancárias em páginas suspeitas. Bonecos Labubu Reprodução/Pop Mart

Meta fez proposta bilionária a funcionários da OpenAI, mas 'nenhum dos melhores aceitou'; entenda o porquê


CEO da OpenAI chamou as ofertas bilionárias da Meta de 'loucura' e disse que, mesmo assim, a empresa não é das mais inovadoras no setor de inteligência artificial. Logotipo da Meta Platforms, durante uma conferência na Índia, em 2023 REUTERS/Francis Mascarenhas A Meta, controladora do Facebook, Instagram e WhatsApp, fez ofertas bilionárias na tentativa de contratar engenheiros da OpenAI, empresa responsável pelo desenvolvimento do ChatGPT — ao menos de acordo com Sam Altman, CEO da OpenAI. Segundo ele, a gigante da tecnologia chegou a oferecer bônus individuais de US$ 100 milhões (cerca de R$ 549 milhões), além de salários anuais no mesmo valor, para tentar convencer os profissionais a trocarem de empresa. Considerando bônus e salário, cada proposta ultrapassava R$ 1 bilhão por profissional, com base na cotação atual. "É uma loucura", afirmou Altman em entrevista ao podcast Uncapped, apresentado por seu irmão Jack Altman. "Estou muito feliz que, pelo menos até agora, nenhum dos nossos melhores profissionais decidiu aceitar", completou o CEO da OpenAI. Altman acrescentou que a Meta abordou “muitas pessoas” da equipe da OpenAI em sua tentativa de fortalecer sua área de inteligência artificial. Apesar de reconhecer qualidades na Meta, Altman afirmou que a empresa não se destaca pela inovação. "Há muitas coisas que respeito na Meta como empresa, mas não acho que seja uma empresa muito boa em inovação", opinou. Até o momento, a Meta não comentou as declarações. San Altman em entrevista ao podcast Uncapped, apresentado por seu irmão Jack Altman Uncapped/ Youtube Apesar de investir bilhões de dólares em inteligência artificial, a Meta ainda é vista como uma empresa que tenta alcançar as líderes do setor. A versão mais recente de seu modelo Llama 4, lançada em abril, recebeu críticas por apresentar desempenho abaixo do esperado, especialmente na geração de códigos. Para recuperar espaço, a empresa tem investido em parcerias estratégicas e contratações de destaque. Um dos movimentos mais relevantes foi o aporte na Scale AI, startup especializada na preparação de dados para treinar modelos de IA generativa. A Meta também contratou profissionais de destaque da Scale, incluindo o CEO da empresa, Alexandr Wang. Essas iniciativas evidenciam a crescente disputa por talentos no setor de inteligência artificial, onde (aparentemente) nem mesmo ofertas superiores a R$ 1 bilhão por profissional garantem sucesso na contratação. Por que tantos profissionais preferem se demitir a deixar o home office?

Quina de São João: apostas exclusivas para prêmio de R$ 230 milhões começam nesta quinta


Sorteio será realizado no dia 28 de junho, a partir das 20h. Prêmio é o maior da história e não vai acumular: leva a bolada quem acertar a maior quantidade de números. Quina de São João Marcello Casal jr/Agência Brasil A partir desta quinta-feira (19), todas as apostas feitas para a Quina serão exclusivas para o concurso 6.760 da Quina de São João, com prêmio estimado em R$ 230 milhões — o maior valor da história do concurso especial. O preço da aposta com 5 números é de R$ 2,50. Quanto mais números marcados, maior o preço da aposta. O sorteio da 15ª edição da Quina de São João será realizado no dia 28 de junho, a partir das 20h. Assim como nos outros concursos especiais, o prêmio não acumula: leva a bolada quem acertar a maior quantidade de números. Caso nenhum apostador acerte na faixa principal, o prêmio será dividido entre os acertadores de 4 números — e assim sucessivamente, conforme a regra da modalidade. LEIA TAMBÉM Mega-Sena, concurso 2.877: prêmio acumula e vai a R$ 130 milhões Fed mantém juros dos EUA na faixa de 4,25% a 4,50% ao ano, de olho no efeito Trump EUA x China: qual economia é mais forte? Compare gigantes que travam guerra comercial Como apostar O apostador deve escolher de 5 a 15 números dentre os 80 disponíveis no volante. Caso prefira, é possível deixar que o sistema escolha os números por meio da Surpresinha. Ganha prêmios quem acertar dois, três, quatro ou cinco números. Os jogadores também podem optar por apostar em grupo, por meio do bolão. O preço mínimo é de R$ 12,50 e cada cota não pode ser inferior a R$ 3,50. Nos canais digitais, o valor mínimo de compra é de R$ 20. Há ainda a opção de comprar uma cota dos bolões organizados pelas unidades lotéricas. Neste caso, poderá ser cobrada uma tarifa de serviço adicional de até 35% do valor da cota. Rendimento Segundo a Caixa Econômica Federal, caso um único apostador leve os R$ 230 milhões e aplique na poupança, ele terá um rendimento de R$ 1,5 milhão no primeiro mês. Probabilidade de ganhar na Quina Como funciona a Quina

Copom crava Selic em 15% e juros mais altos por tempo ‘bastante prolongado’; veja recados


Mais importante que a decisão em si era o conteúdo do comunicado desta quarta-feira, que traria sinais sobre os rumos da política de juros no Brasil. E as mensagens foram claríssimas. Banco Central eleva Selic para 15% ao ano O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu nesta quarta-feira (18) elevar a taxa básica de juros para 15% ao ano, maior patamar em quase 20 anos. Havia dúvida no mercado sobre se a diretoria do Banco Central (BC) manteria a Selic inalterada ou optaria por uma pequena elevação. Mais importante que a decisão em si era o conteúdo do comunicado, que traria sinais sobre os rumos da política de juros no Brasil. E os recados foram claríssimos: O BC continua preocupado com as expectativas de inflação acima da meta de 3%; A economia global, especialmente a imprevisibilidade da política econômica conduzida por Donald Trump nos Estados Unidos, representa um fator de instabilidade para economias emergentes como o Brasil; A resiliência da economia brasileira, com crescimento do PIB em níveis sólidos e mercado de trabalho aquecido, pode pressionar a inflação, sobretudo no setor de serviços; O BC reconhece que os juros estão em um patamar elevado, suficiente para desacelerar a economia; O BC também entende que é o momento de encerrar o ciclo de alta iniciado em setembro e observar os efeitos na economia. Uma nova elevação só deve ocorrer se o cenário econômico piorar. Veja abaixo os principais recados deixados pelo comunicado. Cenário externo "O ambiente externo mantém-se adverso e particularmente incerto em função da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos, principalmente acerca de suas políticas comercial e fiscal e de seus respectivos efeitos. Além disso, o comportamento e a volatilidade de diferentes classes de ativos também têm sido afetados, com reflexos nas condições financeiras globais. Tal cenário segue exigindo cautela por parte de países emergentes em ambiente de acirramento da tensão geopolítica." Como mostrou o g1 em junho, as incertezas em torno das tarifas anunciadas por Donald Trump têm abalado a confiança de empresas e consumidores no país. E os efeitos já transbordam para a economia global. Especialistas ainda estão cautelosos e aguardam que os impactos mais significativos do tarifaço comecem a se refletir na inflação. No acumulado de 12 meses, inflação por lá foi de 2,4%, ainda acima da meta de 2%. Trump tem pressionado por cortes nos juros, dizendo que os preços estão sob controle. O Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA, discorda e decidiu também nesta quarta manter as taxas inalteradas na faixa de 4,25% a 4,50% ao ano. O Fed reafirmou que as incertezas em relação às perspectivas econômicas continuam elevadas, embora tenham diminuído desde a última reunião. Isso porque, neste mês, Trump anunciou que um acordo comercial com a China "está fechado", dependendo de sua aprovação e de Xi Jinping, presidente da China. Um acordo tira pressão dos preços, que tendiam a subir pela taxação aos produtos. A questão central, no entanto, é a imprevisibilidade, já que o presidente americano tem por hábito mudar de ideia. Os analistas esperam, portanto, sinais mais claros de que a inflação nos EUA não vai explodir. Além disso, há a menção ao "ambiente de acirramento da tensão geopolítica". Trata-se do conflito direto entre Israel e Irã, que começou na última sexta-feira (13) e já deixou mais de 240 mortos. Cenários de guerra sempre geram tensão nos mercados financeiros. Análise do cenário nacional "Em relação ao cenário doméstico, o conjunto dos indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho ainda tem apresentado algum dinamismo, mas observa-se certa moderação no crescimento. Nas divulgações mais recentes, a inflação cheia e as medidas subjacentes mantiveram-se acima da meta para a inflação." Antes de qualquer análise, é preciso lembrar que o BC tem como principal objetivo controlar a inflação e evitar o aumento excessivo dos preços. Entre as preocupações, portanto, há citação aos resultados positivos do Produto Interno Bruto (PIB) e do mercado de trabalho no Brasil. O PIB do Brasil cresceu 1,4% no primeiro trimestre de 2025, novamente acima das projeções de mercado; A taxa de desemprego foi de 6,6% no trimestre terminado em abril, menor patamar para o período em toda a série histórica do IBGE. ⚠️ Em outras palavras: mesmo com a elevação da taxa de juros ao maior nível desde 2006, a atividade econômica no Brasil continua bastante aquecida. Sem uma desaceleração e uma redução do consumo, é mais difícil que a inflação caminhe para a meta de 3%. No acumulado de 12 meses, a inflação brasileira caiu de 5,53% para 5,32%, segundo os resultados de maio. Ainda que a notícia seja boa, o indicador ainda está próximo do dobro do centro da meta. Está fora também do teto da faixa de tolerância, que vai até 4,50%. Segundo as projeções mais recentes do BC, o IPCA deve ficar em 3,6% em 2026, data que o BC chama no comunicado de "horizonte relevante". Balanço de riscos "O Comitê segue acompanhando com atenção como os desenvolvimentos da política fiscal impactam a política monetária e os ativos financeiros. O cenário segue sendo marcado por expectativas desancoradas, projeções de inflação elevadas, resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho. Para assegurar a convergência da inflação à meta em ambiente de expectativas desancoradas, exige-se uma política monetária em patamar significativamente contracionista por período bastante prolongado." O BC sempre divulga um balanço de riscos, que reúne os fatores considerados em suas decisões sobre a taxa de juros. De acordo com o comunicado, os riscos para a inflação — tanto de alta quanto de baixa — continuam "mais elevados do que o habitual". Riscos de alta citados pelo Copom incluem: Uma desancoragem das expectativas de inflação por período mais prolongado: ou seja, de que analistas continuem esperando que a dinâmica de preços persista acima da meta de inflação para os próximos anos. Uma maior resiliência na inflação de serviços do que a projetada em função de um hiato do produto mais positivo: isto é, que os preços do setor de serviços, o principal da economia brasileira, continuem surpreendendo, desequilibrando os níveis de oferta e demanda e prejudicando a inflação. Uma conjunção de políticas econômicas externa e interna que tenham impacto inflacionário maior que o esperado, por exemplo, por meio de uma taxa de câmbio persistentemente mais depreciada: seria o caso em que o aumento da percepção de risco na economia faria a moeda brasileira perder ainda mais força, piorando a inflação pelo reajuste de preços na cadeia de produção. Já para as possibilidades de baixa de juros, são citados: Uma eventual desaceleração da atividade econômica doméstica mais acentuada do que a projetada, tendo impactos sobre o cenário de inflação: que poderia ajudar o país a controlar a demanda por bens e produtos, reduzindo a pressão os preços. Uma desaceleração global mais pronunciada decorrente do choque de comércio e de um cenário de maior incerteza: ou seja, uma intensificação das disputas causadas por Trump, que reduziriam os fluxos de comércio e poderiam reduzir a demanda. Uma redução nos preços das commodities com efeitos desinflacionários. O que esperar para a taxa de juros "Em se confirmando o cenário esperado, o Comitê antecipa uma interrupção no ciclo de alta de juros para examinar os impactos acumulados do ajuste já realizado, ainda por serem observados, e então avaliar se o nível corrente da taxa de juros, considerando a sua manutenção por período bastante prolongado, é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta. O Comitê enfatiza que seguirá vigilante, que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e que não hesitará em prosseguir no ciclo de ajuste caso julgue apropriado." O principal recado do comunicado está aqui: o BC pretende interromper a elevação da taxa básica de juros para observar seus impactos na economia, considerando que os juros devem permanecer elevados por um período "bastante prolongado". "No entanto, o Comitê enfatizou sua vigilância, afirmando que as futuras decisões de política monetária permanecem flexíveis e que não hesitará em retomar o ciclo de aumento de juros, se necessário", diz Daniel Cunha, estrategista-chefe da BGC Liquidez. A economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Natalie Victal, diz que o uso da expressão "bastante prolongado" tem o objetivo de reforçar a estratégia do BC e desestimular expectativas de cortes antecipados na taxa de juros. "Achei uma alta um pouco dovish [jargão econômico para uma postura mais branda do BC], pois já sinalizou a pausa e mostrou convicção na desaceleração da atividade. Nossa projeção é de fim dos cortes em 2025. E redução apenas no primeiro trimestre de 2026", diz Natalie. Helena Veronese, economista-chefe da B.Side Investimentos, concorda que BC tentou tirar espaço para que se antecipe a discussão sobre corte de juros. Mas afirma que o comitê foi firme ao passar o recado de responsabilidade com a inflação. "O BC fez o certo e não deu brecha para que a discussão ganhasse qualquer espaço, correndo o risco de perder ao menos parte da credibilidade conquistada junto ao mercado até aqui", diz ela. "Ao mesmo tempo em que antecipa a interrupção do ciclo de altas, o Copom deixa claro que, se necessário for, irá retomá-lo: isso aconteceu há pouco tempo na história do BC, e deixar esta porta aberta é algo bastante importante, especialmente em momentos de elevada incerteza como o que vivemos", afirma Helena. O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, em sessão solene da Câmara dos Deputados. Wilton Junior/Estadão Conteúdo